A Dominância Incompleta É Um Exemplo De Interação Gênica Alélica, um conceito fundamental em genética que demonstra como a herança de características pode se apresentar de forma mais complexa do que a simples dominância completa. Neste estudo, exploraremos a dominância incompleta, contrastando-a com outros padrões de herança, como a dominância completa e a codominância. Veremos como a expressão fenotípica intermediária surge da interação entre alelos e analisaremos exemplos em plantas e animais, ilustrando a diversidade e a riqueza deste mecanismo genético.

Através da análise de cruzamentos monohíbridos e diagramas de Punnett, compreenderemos a transmissão dos alelos responsáveis pela dominância incompleta nas gerações F1 e F
2. A discussão incluirá também as implicações da dominância incompleta na seleção natural e a manutenção da diversidade genética nas populações, além de uma breve abordagem dos mecanismos moleculares subjacentes à expressão fenotípica intermediária.

Dominância Incompleta: Um Exemplo de Interação Gênica Alélica: A Dominância Incompleta É Um Exemplo De Interação Gênica Alélica

A Dominância Incompleta É Um Exemplo De Interação Gênica Alélica

A dominância incompleta, também conhecida como herança intermediária, representa um padrão de herança genética onde o fenótipo do heterozigoto é intermediário entre os fenótipos dos homozigotos. Diferentemente da dominância completa, onde um alelo mascara completamente o efeito do outro, na dominância incompleta, ambos os alelos contribuem para o fenótipo resultante, gerando uma mistura visível de características.

Conceito de Dominância Incompleta

A dominância incompleta é um tipo de interação alélica onde nenhum alelo é completamente dominante sobre o outro. Em um cruzamento entre dois homozigotos para um gene com dominância incompleta, a prole heterozigótica exibirá um fenótipo intermediário entre os fenótipos dos pais. Isso difere da dominância completa, onde o heterozigoto expressa o fenótipo do alelo dominante, e da codominância, onde ambos os alelos são expressos simultaneamente e de forma independente no heterozigoto.

Diversos exemplos de características fenotípicas em plantas e animais demonstram a dominância incompleta. A cor das flores, por exemplo, é um traço frequentemente usado para ilustrar esse conceito. Em algumas espécies, o cruzamento entre plantas com flores vermelhas (homozigotas para o alelo vermelho) e plantas com flores brancas (homozigotas para o alelo branco) resulta em plantas com flores rosas (heterozigotas).

Espécie Gene Alelos Fenótipo
Boca-de-leão (Antirrhinum majus) Gene da cor da flor CR (vermelho), CB (branco) CRCR (vermelho), CRCB (rosa), CBCB (branco)
Mirabilis jalapa (Marvel-of-Peru) Gene da cor da flor R (vermelho), r (branco) RR (vermelho), Rr (rosa), rr (branco)
Gado Shorthorn Gene da cor do pelo R (vermelho), W (branco) RR (vermelho), RW (ruão), WW (branco)
Cão Curly Coated Retriever Gene da textura do pelo CC (cabelo encaracolado), Cs (cabelo liso) CCCC (encaracolado), CCCs (ondulado), CsCs (liso)

Mecanismos Genéticos da Dominância Incompleta

A herança de um gene com dominância incompleta pode ser ilustrada através de um cruzamento monohíbrido. Considerando um gene com dois alelos, um dominante (A) e um recessivo (a), em um cruzamento entre um homozigoto dominante (AA) e um homozigoto recessivo (aa), a geração F1 será composta inteiramente de heterozigotos (Aa) com um fenótipo intermediário.

Na geração F2, resultante do cruzamento entre dois indivíduos heterozigotos (Aa x Aa), a proporção genotípica será 1AA:2Aa:1aa, e a proporção fenotípica será 1 (fenótipo de AA):2 (fenótipo intermediário de Aa):1 (fenótipo de aa). Isso é demonstrado claramente no diagrama de Punnett abaixo.

Diagrama de Punnett (Aa x Aa):

| A | a |
——- | ——– | ——– |
A | AA | Aa |
a | Aa | aa |

Este diagrama mostra que 25% da prole será AA, 50% Aa e 25% aa.

Exemplos de Dominância Incompleta em Diferentes Espécies, A Dominância Incompleta É Um Exemplo De Interação Gênica Alélica

A dominância incompleta é observada em uma variedade de espécies. Segue uma lista de exemplos:

  • Planta: Mirabilis jalapa (Marvel-of-Peru): A cor da flor demonstra dominância incompleta. O cruzamento entre plantas com flores vermelhas (RR) e brancas (rr) resulta em plantas com flores rosas (Rr).
  • Planta: Antirrhinum majus (Boca-de-leão): Similarmente à Mirabilis jalapa, a cor da flor exibe dominância incompleta. Plantas com flores vermelhas (homozigotas para o alelo vermelho) cruzadas com plantas com flores brancas (homozigotas para o alelo branco) produzem plantas com flores rosas (heterozigotas).
  • Planta: Certas variedades de ervilhas demonstram dominância incompleta na cor da semente, com a cor intermediária resultante do cruzamento de linhagens puras.
  • Animal: Gado Shorthorn: A cor do pelo apresenta dominância incompleta. O cruzamento de um boi vermelho (RR) com uma vaca branca (WW) produz um bezerro ruão (RW) com uma mistura de pelos vermelhos e brancos.
  • Animal: Em algumas raças de coelhos, a cor da pelagem pode exibir dominância incompleta, resultando em cores intermediárias na prole heterozigótica.

Implicações da Dominância Incompleta na Seleção Natural

A Dominância Incompleta É Um Exemplo De Interação Gênica Alélica

A dominância incompleta influencia a frequência alélica em uma população ao longo do tempo, de maneira diferente da dominância completa. Em genes com dominância completa, o alelo dominante tende a aumentar em frequência, enquanto o recessivo diminui. Na dominância incompleta, os heterozigotos, com seu fenótipo intermediário, podem apresentar vantagens ou desvantagens seletivas dependendo do ambiente. Isso pode levar à manutenção de ambos os alelos na população, mesmo que um seja menos vantajoso que o outro em certos contextos.

Por exemplo, imagine uma população de borboletas onde a cor da asa é determinada por um gene com dominância incompleta: AA (asa escura), Aa (asa intermediária), aa (asa clara). Se um predador ataca preferencialmente borboletas com asas escuras, a frequência do alelo A diminuiria, mas o alelo a não seria fixado, pois as borboletas com asas intermediárias também estariam sob pressão seletiva, mantendo uma diversidade genética na população.

Aspectos Moleculares da Dominância Incompleta

A Dominância Incompleta É Um Exemplo De Interação Gênica Alélica

A expressão fenotípica intermediária na dominância incompleta pode ser explicada por diferentes mecanismos moleculares. Um possível mecanismo é a relação dose-resposta entre a quantidade de proteína funcional produzida e a intensidade do fenótipo. Em homozigotos dominantes, a produção de proteína funcional é maior, resultando em um fenótipo mais intenso. Em heterozigotos, a produção é reduzida pela metade, levando a um fenótipo intermediário.

Em homozigotos recessivos, a proteína funcional não é produzida, resultando em um fenótipo diferente.

Imagine um gene que codifica uma enzima que produz pigmento. Um homozigoto dominante (AA) produz uma grande quantidade de enzima ativa, resultando em uma cor intensa. Um heterozigoto (Aa) produz metade da quantidade de enzima, levando a uma cor mais fraca. Um homozigoto recessivo (aa) não produz a enzima, resultando na ausência de cor. A quantidade e atividade da proteína, portanto, determinam a intensidade do fenótipo.

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Last Update: February 4, 2025